Café Crime Café Crime - Soldados (Iky Castilho part. Raony Andrade)

A neblina cega,
E oque encherga
É a sua intuição

Quanto vale a vida? Eu digo,
De cada indivíduo, amigo.
O valor não é igual,
E pior, o valor é anbígüo
Tem haver com sobrenome
Tem haver com a conta bancária,
A cor da pele e sua tolerancia
A hipocirisa diária.
O quanto tu é produtivo
O quanto tu é conformado
Se é um escravo cativo
Ou iludido que foi liberado
Matam jovens no (complexo do) alemão
E fámilias no pinheirinho
Irmãos? Querem seu quinhão
E se vão por qualquer dinheirinho.
Aqui a poílicia é uma gangue
Querem sangue são canibais.
"Cães treinados" pelo estado
Com ak's e bombas de gás.
Enquanto a escola te "emburrece",
A tv te entretem,
A religião te enlouquece,
Mas o lucro, vai pra quem?
Se tu tem olhos pra ver,
Tão te esfregando na cara.
Porém quem tem voz, não fala
Se tu tenta, alguém te cala
Suspensos não vemos adiante
É tenso, quase desespero
Mas prefiro ser traficante,
A ser uma "puta" no seu puteiro.
Eu fumo um e me protejo
Da aversão e do desejo,
Da loucura lucrativa
Da "depressao e festejo"
Da ditadura do medo,
Sei que ele é só uma cortina.
Preparado desde cedo
Pra achar a morte numa esquina.
Nunca um cana me salvou,
Pelo contrário, fui ameaçado
Com a pistola na cabeça
Me roubaram alguns trocados
Com a dignidade ferida
Eu vi minha ferida exposta
Eu procurei saída e,
Não encontrei resposta…

É mano, o caso é de emergencia,
Um plano de resistencia.
O mundo criou soldados,
Brutos, despreparados
Dopados de violencia
É cara, proteja o seu pescoço
É o melhor que se faz
Poque aqui o bagulho tá osso
Quem te bota em perigo
Te vende a "ideia" de paz

A neblina cega,
E oque encherga
É a sua intuição.
Tá na contra-mão…
Progredir, persistir, percorrer
Resistir, reagir, reaver

Como tá pro ai?, aki ta tudo normal
Covardes fazendo milícia, o lobby empresarial
O "rico" comprando a polícia,
A mídia iludindo geral
Noticias fictías,
Niguem sabe oque é real
Eles mataram a esperança
Só sobrou essa desilusão
Eu e os escombros, mundo nos ombros
E um poço de solidão
Cada qual no seu quadrado
E isso, os que tem teto
É o medo que gera a "neura",
A insegurança e o desafeto.
Eu so perguntei as horas,
Ela foi e atravessou a rua
A raiva que senti na hora..
"Porra mano, que filha-da-puta!!!"
Mas e se ela já foi assaltada
E ainda se sente em perigo
Ou talvez seja preconceito
Mas desse jeito nós tamo fudido!
É fogo com fogo-amigo
Pouco soldado, muito ferido
Muito aliado sendo perdido
Vários que colam, vários vendidos…
E quem é o inimigo?
De onde vem a facada?
Tem x9 na pista
Tem nóias na calçada.
Disseram que agente era nada
Mão-de-obra pra obra alheia
Pintaram essa palhaçada
Criaram essa cena feia.
Humanos acoados
Com cérebros recuados.
Irmãos bestificados
Numa teia de sonhos frustrados.
Distribuem tapas na cara
E farpas no coração.
Quem oprime, não salva
E taí a contradição.
Com o orgulho no chão
E sua "moral" de joelhos
Os "cara de farda" são cães de guarda
Que sempre atiram no espelho

É mano, o caso é de emergencia,
Um plano de resistencia.
O mundo criou soldados,
Brutos, despreparados
Dopados de violencia.
É cara, proteja o seu pescoço
É o melhor que se faz.
Poque aqui o bagulho tá osso.
Quem te bota em perigo
Te vende a "idéia" de paz